Os pets podem sofrer com dedetizações, viagens, piscina e mar, mas tem como cuidar de tudo isso!
Com a chegada das estações mais quentes do ano, há um público que merece atenção especial: os pets. Com o calor, as pessoas aproveitam para fazer a desinsetização de ambientes, alguns animais ficam sensíveis às altas temperaturas, fora os fogos de artifício tão típicos desta época do ano. Então, como cuidar de tudo, sem que os animais de estimação sofram?
DEDETIZAR É PRECISO
Com o calor, as pestes e pragas proliferam. A tecnologia do segmento permite que não seja necessário a família deixar o imóvel por mais de 6 horas. Mas, o recomendado é que os pets fiquem fora por mais tempo. É o que recomenda a Dra. Fabiola Gaio, médica veterinária e responsável técnica na DDTEC Controle de Pragas. “Internamente convencionamos que os pets fiquem afastados por até 24 horas ao menos do espaço que foi imunizado. As substâncias usadas na desinsetização podem causar da alergia de contato à intoxicação”, alerta.
E como para cada praga existem vários produtos a serem aplicados, as reações também variam conforme porte do animal e o tipo de contato que ele teve com o produto. “Dependendo do grupo químico, as reações podem ser diferentes. No geral, um animalzinho intoxicado apresentará salivação excessiva, náuseas, vômito e diarréia”, diz Fabiola Gaio.
Para prevenir esse sofrimento, é importante deixar o animal fora do local da aplicação por pelo menos 24 horas. A DDTEC ainda reforça que alguns insetos que a desinsetização combate são nocivos para os pets, como pulgas, que causam dermatite alérgica; carrapatos, que causam uma doença chamada erliquiose; mosquito palha, que transmite a leishmaniose; moscas e mosquitos, que causam berne, miíase e dirofilariose, entre outras! A desinsetização, portanto, é uma grande aliada para a saúde dos pets, quando ocorre em paralelo com a rotina de vacinas e cuidados do animal de estimação.
PETS E LITORAL
Para quem vai viajar para a praia, há também alguns cuidados sazonais para os pets. É o caso de prevenir a Dirofilariose canina. Trata-se do verme do coração típico do litoral e que pode ser prevenido com o uso de medicamento mensal.
Outro aspecto a ser considerado é a atualização da carteirinha de vacinação, especialmente para quem vai viajar de avião. “Assim como organizamos a mala, precisamos planejar a vacina do pet para que coincida com o prazo mínimo necessário para a Anvisa liberar as certidões de saúde dos pets. No caso de viagens de carro ou ônibus, recomendo que o proprietário leve sempre consigo a carteirinha de vacinação atualizada, pois é possível que o veículo seja parado na estrada e solicitem esse documento”, alerta a veterinária Juliana Arce Nichelle.
E se banho de piscina ou de mar é algo irresistível para o pet, vale lembrar que, depois de toda a diversão, o bichinho passe por um bom banho e seja bem seco. “É importante deixar pele e pelo bem secos para evitar dermatites úmidas. Ela ocorre especialmente nas dobras e entre os dedos. Também é importante cuidar para não entrar água no ouvido, para não dar uma otite”, explica a Dra. Juliana.
Além disso, vale lembrar que não é interessante deixar o pet livre pela areia. “Algumas zoonoses, como o já conhecido bicho geográfico, são transmitidas pelas fezes dos pets. Se o passeio for inevitável e o animal defecar ou urinar na areia, recomendo que o dono recolha imediatamente os dejetos do seu cão”, diz a veterinária.
FLORAL DE BACH E HOMEOPATIA PARA ANIMAIS
No caso de fogos de artifício, os cães sofrem mais que as pessoas, devido a sua audição aguçada. No período de viagens, também há aqueles pets que ficam em hotéis, longe de seus donos. Há como aplacar a ansiedade e a saudade a partir dos florais.
“A chave para utilizar os florais nos pets está em olhar as situações do ponto de vista do animal de estimação. A dosagem dos animais é a mesma aplicada nos seres humanos, mas se recomenda que os florais sejam diluídos em água, minimizando o efeito do álcool, especialmente em animais de pequeno porte”, diz a terapeuta Alessandra Madeira Barreto.
Ela recomenda o uso dos florais para vencer o medo de barulho alto (fogos, trovões etc.); quando há latido, uivo ou rosnado excessivos; choque, trauma ou maus-tratos; adaptação à perda de um companheiro ou do dono; ansiedade da separação; adaptação a um novo ambiente (casa, canil, estábulo etc.); obsessão de limpeza (muito comum em gatos); lamber-se ou coçar-se constantemente, entre outros casos. Os florais podem ser utilizados por répteis, cães, gatos, cavalos, coelhos, pássaros e até peixes.
Além dos florais há a homeopatia. Alguns animais vomitam em viagens de carro, por exemplo. “Antigamente era comum os pets serem sedados para viajar. Isso não é mais aplicável. Há uma grande variedade de medicações naturais para utilizar, como o floral ou a homeopatia, que podem tornar a viagem bem mais agradável para todos”, diz a veterinária Juliana Nichelle.